Esta perceção de risco iminente para motoristas e passageiros constitui o cerne da paralisação agendada.

A contestação expõe uma aparente desconexão entre o planeamento operacional da empresa e a realidade vivida pelos seus trabalhadores.

Enquanto a empresa afirma não ter detetado dificuldades na implementação dos novos horários, os motoristas e o seu sindicato alertam para a insustentabilidade da situação, temendo que a pressão para cumprir horários irrealistas possa levar a um aumento da sinistralidade. O dirigente da Fectrans, Hélder Borges, reforça a posição dos trabalhadores, sublinhando que a luta é por condições que não comprometam a segurança. A greve ameaça causar perturbações significativas nos transportes públicos da região, afetando milhares de utentes e colocando em debate público a necessidade de equilibrar a eficiência operacional com a saúde e segurança dos trabalhadores no setor dos transportes.