A central sindical considera as propostas um "retrocesso social" e admite endurecer a contestação, não descartando a convocação de uma greve geral.

Milhares de trabalhadores, pensionistas e famílias participaram nas manifestações que decorreram no Porto, durante a manhã, e em Lisboa, à tarde, sob o lema “Mais salários e direitos - Outro rumo possível!”.

A contestação visa o pacote de alterações laborais proposto pelo Governo, que a CGTP classifica como um “profundo ataque aos direitos dos trabalhadores”. Ana Pires, da Comissão Executiva da central sindical, afirmou que a jornada de luta representa um “grande momento de luta e de afirmação dos trabalhadores”. Para garantir a participação de trabalhadores que exercem funções ao fim de semana, foram emitidos pré-avisos de greve para setores como o comércio, serviços, indústria e hotelaria.

A CGTP mostra-se “irredutível” na sua posição, exigindo a retirada total do anteprojeto e prometendo “dar o devido combate” caso o Governo não recue.

A central sindical vai reunir o seu Conselho Nacional no dia 24 de setembro para discutir novas formas de luta, estando a possibilidade de uma greve geral em cima da mesa como um passo futuro para intensificar a pressão sobre o executivo. A mobilização reflete um clima de descontentamento crescente e a determinação do movimento sindical em travar o que considera ser uma precarização das condições de trabalho em Portugal.