A iniciativa surge como resposta a um estudo que revela uma profunda preocupação dos farmacêuticos com as suas condições laborais, o que tem levado um número crescente de profissionais a procurar oportunidades no estrangeiro.

O “Pacto pela Valorização da Profissão e da Atividade do Farmacêutico Comunitário” foi subscrito por sete organizações, incluindo a Ordem dos Farmacêuticos, o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos e a Associação Nacional das Farmácias. O acordo estabelece 18 compromissos focados em reter talento, através da melhoria da remuneração, da progressão na carreira e da conciliação entre a vida profissional e pessoal. A urgência da medida foi sublinhada por um estudo da Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF), que concluiu que mais de 90% dos farmacêuticos comunitários estão preocupados com as condições do mercado de trabalho.

A remuneração é o principal problema, com 75% dos inquiridos insatisfeitos com o seu salário.

Este descontentamento reflete-se na procura por emprego no exterior: 30% dos farmacêuticos já procuraram trabalho fora de Portugal, um valor que ascende a 40% entre os profissionais com menos de 35 anos.

O pacto visa, assim, criar uma “agenda conjunta” para enfrentar a escassez de profissionais e aumentar a atratividade da profissão junto dos mais jovens.