As negociações foram suspensas e serão retomadas após as eleições autárquicas de 12 de outubro, mantendo-se o impasse em matérias centrais para a classe.
A principal reivindicação dos enfermeiros, representada pela plataforma de cinco sindicatos, é a "igualdade entre os contratos em funções públicas e os contratos individuais de trabalho", uma matéria que, segundo o porta-voz Fernando Parreira, a proposta do Governo não garante. Apesar de o executivo ter proposto um dia de férias adicional por cada década de serviço, os sindicatos consideram a medida manifestamente insuficiente, afirmando que "isso só não chega, queremos mais". O Ministério da Saúde, por sua vez, comprometeu-se a analisar a contraproposta sindical, reiterando a intenção de "valorizar a profissão de enfermagem", sem, no entanto, detalhar medidas concretas. O processo negocial, que teve início em julho com a assinatura de um protocolo, abrange temas cruciais como novas formas de organização do tempo de trabalho e a flexibilidade horária. A interrupção das conversações até depois do período eleitoral sugere que a resolução do conflito poderá estar condicionada pelo calendário político, deixando em suspenso as melhorias exigidas por um setor vital do Serviço Nacional de Saúde.













