O protesto, convocado pelo Movimento Inclusão Efetiva, expõe as falhas do sistema na resposta a estes alunos. A manifestação visou dar voz a "milhares de alunos com dificuldades educativas que não encontram nas escolas as respostas necessárias", segundo Lourenço Santos, do movimento organizador. Os pais presentes relataram a insuficiência de apoios, como o caso de uma criança com Síndrome de Sotos e autismo que conta com apenas quatro horas de apoio semanal. O Movimento Cidadão Diferente (MCD) juntou-se às denúncias, acusando agrupamentos de escolas em Lisboa e no Porto de recusarem matrículas ou de encaminharem sistematicamente estes alunos para outras escolas, criando "guetos educativos". Em resposta, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu a existência de "falhas" e "insuficiências" na educação inclusiva e comprometeu-se a reforçar os meios disponíveis, nomeadamente através da revisão dos rácios de técnicos especializados.
O confronto entre as reivindicações das famílias e a resposta governamental evidencia a distância entre a legislação em vigor e a sua aplicação prática nas escolas.














