A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao INEM iniciou os seus trabalhos, que decorrerão semanalmente, para apurar responsabilidades políticas e de gestão no instituto, incluindo a greve do final de 2024. A iniciativa surge num contexto de críticas a "falhas graves" e "debilidades crónicas" no sistema de emergência médica. A CPI, aprovada em julho de 2025 por proposta da Iniciativa Liberal, tem um mandato de 90 dias para avaliar a atuação do INEM, com um foco particular na greve ocorrida entre o final de outubro e o início de novembro de 2024.
Os trabalhos parlamentares, agendados para as quartas e quintas-feiras, visam escrutinar as decisões de gestão durante a paralisação, o cumprimento dos serviços mínimos e a responsabilidade das diversas tutelas políticas desde 2019.
A investigação é motivada por relatórios da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) que apontaram "falhas graves na formação" e problemas de gestão. O debate em torno da CPI reflete a preocupação com a necessidade de uma "refundação do INEM" e a valorização dos seus profissionais, cuja atividade de risco e penosidade continua por ser formalmente reconhecida pelo Estado, o que é apontado como uma "falha grave".
Em resumoUma Comissão Parlamentar de Inquérito está a investigar a gestão do INEM, com foco na greve de 2024 e em falhas sistémicas. A iniciativa procura apurar responsabilidades políticas e técnicas, num esforço para refundar o sistema de emergência médica e valorizar os seus profissionais.