A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou a convocatória de uma greve geral de 24 horas para o dia 24 de outubro, caso o Governo não apresente uma proposta de valorização salarial que considere aceitável. A decisão surge como resposta direta à proposta governamental para os próximos anos, que a estrutura sindical classifica como insuficiente para responder à perda de poder de compra dos trabalhadores. A proposta do Governo, apresentada em sede de negociação, prevê um aumento de 56,58 euros em 2026, seguido de aumentos de 60,52 euros em 2027 e 2028.
A Frente Comum rejeita esta abordagem, considerando-a desajustada face às necessidades imediatas.
Em contrapartida, a estrutura sindical exige um aumento salarial mínimo de 15%, com um valor nunca inferior a 150 euros para cada trabalhador, bem como a fixação da base remuneratória da administração pública em 1.050 euros. A convocatória da greve representa um endurecimento da posição sindical, que visa pressionar o executivo a rever a sua política salarial a curto prazo, em vez de apresentar propostas plurianuais que não compensam as perdas acumuladas. O coordenador da Frente Comum foi claro ao afirmar que a paralisação avançará “se o Governo não chegar a um ponto que permita uma assinatura nossa”, indicando que a bola está do lado do executivo para evitar a paralisação generalizada dos serviços públicos.
Em resumoA convocatória de greve pela Frente Comum para 24 de outubro assinala um ponto de rutura nas negociações salariais com o Governo. A recusa da proposta plurianual do executivo e a exigência de aumentos imediatos e significativos demonstram a intransigência sindical face à perda de poder de compra na Função Pública, colocando uma forte pressão sobre as futuras rondas negociais.