A greve dos motoristas da Auto Viação Feirense, que operam o lote 4 da rede Unir nos concelhos de Vila Nova de Gaia e Espinho, agendada para os dias 26 e 29 de setembro, foi cancelada. A decisão de suspender a paralisação foi tomada pelos trabalhadores para, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), pedir a intervenção da UNIR e da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) na resolução do conflito. O principal motivo da convocatória da greve, liderada pela Fectrans, centrava-se nos horários de serviço, que os trabalhadores consideram “impossíveis de cumprir com segurança”.
O dirigente sindical Hélder Borges alertou que a situação representava um risco, sendo necessário corrigir os horários “antes que aconteça uma desgraça”.
A responsabilidade foi atribuída tanto à UNIR, por definir os horários, como à operadora Feirense, por aceitá-los.
Em resposta, a Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), gestora da marca Unir, afirmou que “não detetamos nenhum horário que seja impossível de realizar” e que as questões laborais são da responsabilidade da empresa operadora.
Perante o impasse, os trabalhadores optaram por suspender a greve, priorizando o diálogo mediado pelas entidades reguladoras para garantir a segurança dos transportes, tanto para os motoristas como para os utentes, mantendo, no entanto, as reivindicações salariais e de condições de trabalho.
Em resumoA suspensão da greve na rede Unir em Gaia e Espinho representa uma mudança de estratégia sindical, que opta pela via da mediação regulatória em vez da paralisação imediata. O conflito expõe tensões operacionais na nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto, com a segurança dos horários a emergir como uma preocupação central para os trabalhadores.