A paralisação, que segundo o sindicato teve uma adesão de 100%, visou a manutenção das 35 horas semanais e a reposição de subsídios. A greve, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), contestou a alteração do contrato coletivo de trabalho, que, segundo os trabalhadores, permitiu a implementação de um horário de 40 horas semanais e a retirada do subsídio de turno, resultando numa redução dos rendimentos. O dirigente sindical Rui Marroni afirmou que “todos os enfermeiros escalados aderiram à paralisação”, o que obrigou ao encerramento do Serviço de Atendimento. A administração, por sua vez, contesta a adesão total, indicando que apenas quatro dos oito enfermeiros de serviço paralisaram. O presidente do Conselho de Administração, Paulo Ribeiro, refutou as acusações de falta de resposta à proposta sindical, afirmando que as negociações decorriam, mas que a instituição não reúne “as condições financeiras necessárias para aceitar a proposta apresentada pelo SEP”. A administração reitera a disponibilidade para negociar, mas enquadra a discussão no contrato coletivo da rede mutualista, e não de forma restrita à carreira de enfermagem. Este conflito laboral evidencia a tensão no setor da saúde mutualista sobre as condições de trabalho e a sustentabilidade financeira das instituições.