Rosário Palma Ramalho sublinhou que as greves nestes domínios têm um impacto significativo sobre outros setores e sobre direitos fundamentais dos cidadãos, como o direito ao trabalho, à livre circulação, à educação e à saúde.

Os números apresentados são expressivos: desde janeiro de 2021, foram contabilizados 5.029 pré-avisos de greve. Só em 2025, até à data, registaram-se 476 pré-avisos, 19 despachos de serviços mínimos e 23 processos enviados para arbitragem.

A ministra afirmou que tanto o número de greves como o de empresas abrangidas “tem vindo a aumentar nos últimos anos”. Estas declarações surgiram no contexto da discussão de um anteprojeto de reforma da legislação laboral, com o qual o Governo pretende equilibrar o direito à greve com a garantia de serviços mínimos. A proposta visa alargar os setores abrangidos por estes serviços, o que gerou críticas por parte de partidos como o PS, PCP, Livre e Bloco de Esquerda, que consideram a medida uma restrição aos direitos dos trabalhadores.