O sindicato denuncia uma "gestão irresponsável e ilegal dos recursos humanos" e critica o "silêncio e inação" do Governo perante a situação. A principal queixa do SNBS é o incumprimento sistemático por parte das autarquias no pagamento do trabalho suplementar prestado pelos bombeiros sapadores, especialmente durante o combate aos incêndios, uma situação que, segundo o sindicato, levou a que fossem “ultrapassados os limites legais para o trabalho previstos na lei”. No comunicado, o sindicato afirma que, “apesar deste esforço e dedicação adicionais, no final do mês estes profissionais não foram devidamente remunerados”, mesmo existindo medidas aprovadas em Conselho de Ministros que o permitiriam.

O SNBS classifica a atitude das autarquias como uma “falta de respeito” e acusa o Governo de responder com “silêncio e inação” às denúncias e pedidos de reunião.

A estrutura sindical considera a “omissão governativa face a estas irregularidades” como uma “complacência perigosa que descredibiliza as instituições e fragiliza os serviços públicos”.

Perante este cenário, o sindicato adverte que está a ser “equacionado o iniciar de várias formas de luta”, uma ameaça clara de que poderão avançar para paralisações ou outras formas de protesto caso as suas reivindicações não sejam atendidas. Este conflito expõe as fragilidades no financiamento e na gestão de um serviço de emergência essencial, colocando em evidência a desvalorização dos profissionais que atuam na linha da frente.