As principais centrais sindicais portuguesas, CGTP e UGT, admitem a convocação de uma greve geral como forma de luta para "derrotar" o anteprojeto de alteração ao Código do Trabalho. A proposta do Governo é vista por duas dezenas de organizações sindicais filiadas em ambas as centrais como um "retrocesso laboral" e uma "grave ofensiva" contra os direitos dos trabalhadores. A possibilidade de uma paralisação de âmbito nacional foi discutida na "Conferência Sindical contra o Retrocesso Laboral", que decorreu em Lisboa. Este encontro juntou sindicatos de ambas as confederações, demonstrando uma frente unida contra as intenções do Governo. As organizações sindicais manifestam a sua total oposição ao anteprojeto de lei, considerando que este representa um ataque significativo às conquistas laborais.
A ameaça de uma greve geral surge como o culminar de uma contestação que visa travar a implementação da reforma. Os sindicatos confiam que a CGTP-IN e a UGT, perante o que classificam como uma "profunda e grave ofensiva do Governo contra o mundo do trabalho", avancem com a convocatória.
A união de forças entre sindicatos historicamente com posições distintas evidencia a gravidade com que as alterações propostas são encaradas e o potencial para um conflito social de grande escala, caso o Governo não recue nas suas intenções de alterar a legislação laboral.
Em resumoA ameaça de uma greve geral, ponderada por um conjunto alargado de sindicatos da CGTP e da UGT, sinaliza uma forte e unificada oposição à proposta de reforma laboral do Governo. As centrais sindicais consideram as alterações um grave retrocesso nos direitos dos trabalhadores, preparando-se para uma contestação em larga escala.