A campanha, sob o lema “Ninguém Fica Para Trás - Gratuitidade Já!”, pretende capitalizar o descontentamento estudantil e pressionar o Governo.

A data escolhida para a manifestação é estrategicamente significativa, pois coincide com o último dia de discussão do Orçamento do Estado para 2026, momento em que os estudantes esperam influenciar diretamente as decisões políticas. A preocupação dos estudantes é agravada pelos dados recentes do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, que revelam uma redução de 10% no número de novos alunos colocados em universidades e politécnicos. Este decréscimo é interpretado pelos estudantes como um sintoma do crescente peso financeiro que a frequência do ensino superior representa para as famílias, especialmente para aquelas com filhos a estudar longe de casa.

O aumento das propinas é visto como mais um obstáculo num cenário já marcado por dificuldades económicas, exacerbando as desigualdades no acesso à educação.