A principal causa da greve é a exigência de uma “justa compensação” pelo trabalho prestado em dias feriados e pelo trabalho suplementar, que os trabalhadores consideram insuficientemente pago.
Segundo a FNSTFPS, este é um problema que “se arrasta há anos”, sem que os sucessivos governos do PS e do PSD tenham tomado medidas para valorizar estes profissionais.
A contestação ganha particular relevo quando se considera a receita gerada por estes espaços.
Em 2024, os 38 equipamentos geridos pela empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) arrecadaram mais de 21 milhões de euros em bilheteira, um valor que, segundo os sindicatos, contrasta com a falta de valorização dos seus trabalhadores. A greve afeta um universo de cerca de mil funcionários, incluindo pessoal de portaria e vigilância, em locais emblemáticos como o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Convento de Cristo.
A administração da MMP e a tutela ministerial parecem estar num impasse.
Após uma reunião a 15 de julho com a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, e com o conselho de administração da MMP, surgiu “alguma esperança” de uma solução, mas, segundo o dirigente sindical Orlando Almeida, desde então “não surgiu nenhuma proposta para ser analisada pelos trabalhadores”.
A MMP, por sua vez, limitou-se a afirmar que continua “a trabalhar e em diálogo próximo”, lamentando os transtornos e informando que os bilhetes adquiridos podem ser trocados ou reembolsados.














