A ameaça surge como resposta ao anteprojeto do pacote de alterações à legislação laboral, denominado 'Trabalho XXI', apresentado pelo Governo de Luís Montenegro. O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, declarou que o pacote laboral inclui "um conjunto de 100 medidas todas elas profundamente penalizadoras para o mundo do trabalho" e exigiu que o Governo recue "em toda a linha". A central sindical contesta vários pontos, nomeadamente a "normalização da precariedade", a "desregulação dos horários de trabalho com a implementação do banco de horas individual", a "facilitação dos despedimentos" e o que considera ser um "ataque à contratação coletiva". Uma das maiores preocupações é o alargamento dos setores abrangidos por serviços mínimos em dias de greve, medida vista como um "ataque ao direito à greve". A CGTP intensifica a sua contestação, tendo já realizado uma "grande jornada de luta" a 20 de setembro e agendado uma "grande marcha nacional" para 8 de novembro, em Lisboa.

Tiago Oliveira foi claro na sua posição: "quanto maior for o ataque" aos direitos dos trabalhadores, "maior será a resposta nas ruas".

A ameaça de greve geral, que conta também com o apoio de sindicatos da UGT, está "em cima da mesa como forma de luta" caso o Governo não retire a proposta.