A paralisação, que decorre entre 8 e 10 de outubro, surge na véspera das eleições autárquicas, intensificando a pressão sobre a empresa e as autarquias locais.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel) após o fracasso das negociações com a administração da Suldouro.

A principal reivindicação dos trabalhadores é a valorização salarial, incluindo a atualização dos salários e do subsídio de refeição. Segundo o dirigente sindical Gustavo Gaspar, o descontentamento é generalizado, pois os trabalhadores "exigem valorização e melhores salários".

O sindicato acusa a empresa de não ter apresentado qualquer contraproposta às reivindicações entregues em junho, o que levou os trabalhadores a decidirem em plenário que "não há outro caminho a não ser fazer greve".

As matérias mais relevantes, como a atualização salarial, não foram aceites pela administração.

Em resposta, a Suldouro assegurou que tem "promovido uma política de diálogo permanente", ouvindo as preocupações dos trabalhadores e do Sindel.

A empresa afirmou que aguarda a "aprovação das entidades competentes" relativamente à reivindicação salarial e que se compromete a minimizar os constrangimentos junto da população.

A paralisação afeta cerca de 450 mil habitantes nos dois concelhos.

Embora os serviços mínimos para a recolha de lixo doméstico estejam assegurados, a recolha de recicláveis não será efetuada.

A triagem do lixo orgânico, da responsabilidade da SUMA mas processada pela Suldouro, também deverá sofrer impactos.

Os trabalhadores, através do seu sindicato, mostraram-se disponíveis para suspender a greve caso a empresa "queira reunir e levantar o pé, cedendo nas negociações".