Inseridos na campanha nacional "Ninguém Fica Para Trás!

Gratuidade Já!

", os protestos visam contestar o descongelamento do valor máximo da propina, que já resultou num aumento, e exigir um maior investimento público no ensino superior.

Na Universidade da Beira Interior, cerca de uma centena de estudantes manifestaram-se contra o que consideram ser "a primeira barreira de acesso ao ensino superior". O protesto focou-se no descongelamento da propina, que já levou a um aumento de 13 euros, mas que, segundo os manifestantes, poderá ser muito superior no futuro.

Os alunos da UBI percorreram as ruas da Covilhã, desde a universidade até à Câmara Municipal, terminando na Associação Académica (AAUBI), exibindo cartazes e entoando palavras de ordem.

Os estudantes alertam que a medida afetará milhares de jovens que não conseguem conciliar trabalho e estudo, dificultando o pagamento de propinas, alojamento e alimentação.

A luta estendeu-se a outras academias, como a Universidade do Minho, onde os estudantes também se mobilizaram, recolhendo centenas de assinaturas por um ensino superior gratuito.

Em Coimbra, o tradicional Cortejo da Latada foi igualmente marcado por um protesto da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) contra o descongelamento das propinas. As reivindicações são transversais e incluem, para além da gratuitidade do ensino, o reforço do alojamento estudantil e da ação social.

Os movimentos estudantis anunciaram a sua presença numa manifestação nacional agendada para 28 de outubro, em Lisboa, para continuar a luta pela mesma causa.