A greve de 24 horas, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), afetou os serviços de transporte nos concelhos do Barreiro, Bragança, Coimbra, Nazaré, Portalegre e Sintra, registando uma adesão expressiva que, segundo a presidente do sindicato, Cristina Torres, foi “muito positivo, perto dos 100%”. Em Bragança e no Barreiro, a adesão foi total, enquanto em Coimbra atingiu os 96%, demonstrando a forte mobilização dos trabalhadores.
As reivindicações centram-se na valorização das carreiras, nomeadamente a de agente único e a de mecânico, que em 2008 foram integradas na carreira geral de assistente operacional, resultando numa estagnação salarial e profissional. Os trabalhadores exigem um aumento salarial não inferior a 15%, num mínimo de 150 euros, o aumento do subsídio de refeição para 10,50 euros diários e a atribuição de um suplemento de penosidade e insalubridade.
Em Coimbra, a paralisação dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos (SMTUC) gerou constrangimentos significativos, obrigando utentes, como estudantes e doentes oncológicos, a recorrer a alternativas como a Uber.
A luta dos trabalhadores incluiu piquetes de greve e uma marcha até à Câmara Municipal, numa tentativa de pressionar os autarcas a interceder junto do Governo. Cristina Torres sublinhou a esperança de que “os autarcas daqueles concelhos façam pressão sobre o Governo para repor os direitos dos trabalhadores e melhorar as suas vidas”.













