A greve, convocada pelo Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel), reflete o profundo descontentamento dos funcionários, que auferem o salário mínimo nacional de 885 euros por um trabalho descrito como “intenso e exigente”.

As principais reivindicações são a atualização salarial e o aumento do subsídio de alimentação.

Segundo o dirigente sindical Gustavo Gaspar, as negociações com a empresa falharam, uma vez que a administração não apresentou qualquer contraproposta à que foi entregue pelo sindicato em junho.

Este impasse levou os trabalhadores a avançarem para a paralisação como única forma de luta. Durante os três dias de greve, a empresa opera em regime de serviços mínimos, o que assegura a recolha de lixo doméstico, mas deixa a recolha de recicláveis totalmente suspensa. Prevê-se também que a triagem de resíduos orgânicos sofra impactos. Em resposta, a Suldouro garantiu que tem “promovido uma política de diálogo permanente” e que aguarda “a aprovação das entidades competentes” relativamente à reivindicação salarial, sugerindo que a decisão final poderá não depender exclusivamente da empresa. A paralisação demonstra a vulnerabilidade de um serviço essencial e a precariedade sentida pelos seus trabalhadores, que lutam por uma remuneração mais justa.