A paralisação teve um impacto significativo, com a adesão a atingir os 100% em alguns locais. A greve, que decorreu a 10 de outubro, afetou os transportes municipais do Barreiro, Bragança, Coimbra, Nazaré, Portalegre e Sintra, com uma adesão quase total em Bragança e no Barreiro (100%) e muito elevada em Coimbra (96%). A principal reivindicação dos trabalhadores é a reposição de carreiras específicas, como a de agente único e de mecânico, que em 2008 foram integradas na carreira geral de assistente operacional, o que é visto como uma desvalorização.
Segundo Cristina Torres, presidente do STAL, os trabalhadores lutam por “direitos e pela valorização das suas carreiras”.
As exigências incluem um aumento salarial de 15% (mínimo de 150 euros), o aumento do subsídio de refeição para 10,50 euros, a atribuição do suplemento de penosidade e insalubridade e melhores condições de trabalho. Em Bragança, o coordenador sindical Francisco Marcos lamentou que trabalhadores com 20 anos de serviço continuem com o “vencimento mínimo”. O impacto da paralisação foi sentido pela população, com relatos de estudantes e doentes oncológicos em Coimbra a terem de recorrer a serviços de Uber para as suas deslocações. O presidente da câmara de Bragança, Paulo Xavier, reconheceu a greve como um direito legítimo e afirmou que o município tem estado em conversações com os funcionários.














