A LBP critica a decisão do Governo por ter sido tomada sem consulta e ameaça com protestos, a serem decididos no próximo conselho nacional.

A proposta orçamental prevê uma redução faseada na despesa com o transporte não urgente de doentes: menos 12 milhões de euros em 2026, menos 34,8 milhões em 2027 e menos 46 milhões em 2028.

O Governo justifica a medida com o aumento de 119% nesta despesa entre 2014 e 2024.

O presidente da LBP, António Nunes, declarou à Lusa ter sido “surpreendido por esses cortes”, afirmando que a Liga não foi ouvida e que desconhece os critérios para a definição dos valores.

Na sua perspetiva, antes de se cortar, devia ser feito um estudo sobre a “insensibilidade e a má gestão demonstradas pelas estruturas de saúde”. António Nunes alertou que, perante estes cortes, muitas corporações de bombeiros poderão deixar de assegurar este serviço. Além desta questão, a LBP está também insatisfeita com o financiamento geral para as corporações voluntárias, considerando os 37 milhões de euros previstos para 2026 insuficientes e defendendo um valor mínimo de 49,38 milhões. O crescente descontentamento, alimentado por movimentos inorgânicos dentro dos bombeiros, será debatido no conselho nacional da LBP a 18 de outubro, onde serão decididas as formas de contestação.