O protesto decorreu durante a Assembleia Geral da WMA, que teve lugar na cidade do Porto.

O grupo de manifestantes, embora reduzido, fez-se ouvir para expressar a sua oposição à presença da delegação médica israelita. De forma simbólica, exibiram as mãos pintadas de vermelho e utilizaram um sistema de som para ler testemunhos de profissionais de saúde palestinianos, procurando dar visibilidade ao impacto humano do conflito.

A principal acusação dirigida à Associação Médica Israelita foi a de cumplicidade com alegadas violações da ética médica e dos direitos humanos. Um ponto de frustração para os manifestantes foi a aparente falta de resposta por parte da Ordem dos Médicos portuguesa. Um dos participantes afirmou que o bastonário, Carlos Cortes, "disse que não tinha recebido o nosso mail [de protesto]", o que sugere uma falha de comunicação ou o desinteresse da entidade em abordar a controvérsia.

Apesar da sua pequena dimensão, a manifestação ilustra como os conflitos geopolíticos se estendem a âmbitos profissionais e científicos, mobilizando setores da sociedade civil para tomadas de posição pública em eventos internacionais.