O atraso salarial, que afeta pela primeira vez os trabalhadores portugueses da base, levou o executivo açoriano a tomar uma posição firme.
O vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima, contactou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, solicitando a intervenção do Governo da República junto das autoridades dos EUA para garantir o pagamento urgente das remunerações e das atualizações salariais pendentes.
Artur Lima alertou que a situação "fere princípios elementares da justiça laboral" e "coloca em causa a dignidade dos trabalhadores", sublinhando o impacto negativo na economia da ilha Terceira.
A situação motivou também a aprovação de uma resolução no parlamento açoriano, apresentada pelo Bloco de Esquerda, que reclama a regularização imediata dos pagamentos. O deputado bloquista, António Lima, argumentou que a norma norte-americana de 'furlough' (interrupção de pagamentos por falta de aprovação orçamental) não tem "qualquer enquadramento legal em Portugal".
A aprovação da resolução gerou debate político, com a oposição a questionar a celeridade da ação do Governo Regional.
O executivo açoriano apelou ainda a Paulo Rangel para procurar "esclarecimentos formais sobre as razões pelas quais a Comissão Laboral e a Comissão Bilateral Permanente não se têm reunido conforme previsto".













