Em resposta, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, reconheceu a existência de cerca de mil horários por preencher, mas procurou desdramatizar o impacto real da situação. O ministro da Educação confirmou que na semana passada existiam aproximadamente mil horários por preencher, mas ressalvou que nem todos são completos e que a situação "não quer dizer que os alunos estejam sem aulas".
Segundo Fernando Alexandre, muitos destes horários, especialmente os mais pequenos, são assegurados através do recurso a horas extraordinárias dos docentes já colocados.
O governante criticou a Fenprof por, na sua opinião, transmitir a ideia de que a falta de professores resulta automaticamente em alunos sem aulas. Por seu lado, a Fenprof sustenta que há mais alunos afetados este ano.
O problema da falta de docentes é atribuído ao envelhecimento da classe, com um ritmo de aposentações superior ao da entrada de novos professores. A situação é particularmente crítica em regiões como Lisboa, Algarve e Alentejo, onde o elevado custo de vida, especialmente da habitação, dificulta a colocação de professores. Como uma das soluções para a carência de docentes, os artigos mencionam o aumento de professores estrangeiros a lecionar em Portugal, cujo número quase duplicou na última década, embora esta solução levante questões sobre qualificações e condições salariais.
O Governo anunciou também um plano de requalificação para 237 escolas degradadas, um investimento que visa melhorar as infraestruturas, mas que não resolve diretamente a falta de recursos humanos.














