A suspensão das visitas familiares, uma medida decorrente da paralisação, foi o ponto de rutura que levou os reclusos a recusarem a refeição da noite.

Este incidente revela como as ações de luta dos profissionais do sistema prisional têm um impacto imediato e significativo na vida da população reclusa, podendo gerar instabilidade dentro dos estabelecimentos.

O contexto mais amplo desta greve está ligado a problemas estruturais na carreira de guarda prisional, nomeadamente a dificuldade em recrutar novos efetivos.

O Governo reconheceu esta dificuldade e, segundo a Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, está a "preparar um diploma" para simplificar o recrutamento e rever os critérios de admissão, admitindo que o último concurso ficou muito aquém das necessidades, com apenas 57 formandos para 225 vagas.

A greve e a consequente reação dos reclusos sublinham a urgência de resolver as questões laborais dos guardas para garantir a estabilidade e segurança nas prisões.