A ação, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, visa denunciar uma situação que se arrasta e que, segundo os trabalhadores, piorou nos últimos meses.

As reivindicações dos cerca de 30 manifestantes são claras: exigem o pagamento do subsídio de Natal de 2024, do subsídio de férias de 2025 e dos retroativos salariais devidos desde 2022.

O dirigente sindical Alcides Teles lamentou que, desde um protesto semelhante em agosto, a situação "continua tudo igual ou se calhar pior".

A provedora da instituição, Isabel Estevens, admitiu publicamente os atrasos, justificando-os com a "situação financeira particularmente difícil" da Misericórdia.

Segundo a provedora, as dívidas até fevereiro de 2025 estão inscritas num Processo Especial de Revitalização (PER) homologado pelo tribunal, que será cumprido. No entanto, reconheceu que a instituição não tem liquidez para saldar as dívidas mais recentes, como o subsídio de férias de 2025, e não se comprometeu com datas para a regularização, alegando depender de verbas da Segurança Social.

O sindicato, por seu lado, argumenta que o PER apenas resolverá dívidas antigas, enquanto as novas continuam a acumular-se, e exige que a provedora assuma a responsabilidade pela gestão.