A provedora da instituição reconhece as dificuldades financeiras, mas não se compromete com um calendário para a regularização dos pagamentos.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, após um protesto semelhante em agosto não ter surtido efeito.

Os trabalhadores reclamam o pagamento do subsídio de Natal de 2024, do subsídio de férias de 2025 e de retroativos salariais que se arrastam desde 2022. Alcides Teles, dirigente sindical, alertou que a dívida aumentou desde fevereiro e que os trabalhadores correm o risco de chegar ao final do ano com mais subsídios em falta. A provedora da Misericórdia, Isabel Estevens, confirmou os atrasos, explicando que a instituição enfrenta uma "situação financeira muito complicada" há sete ou oito anos, apontando como causas a construção de uma unidade médico-cirúrgica ainda por abrir e as dificuldades de funcionamento da urgência do Hospital de São Paulo. A dívida referente ao subsídio de Natal de 2024 está incluída num Processo Especial de Revitalização (PER) recentemente homologado, cujo pagamento a provedora garante que será cumprido. No entanto, o pagamento do subsídio de férias e dos retroativos depende da liquidez da tesouraria, que está condicionada pelo recebimento de verbas da Segurança Social, razão pela qual não avança com datas concretas para não criar "falsas expectativas".

O sindicato, por sua vez, mostra-se cético e exige responsabilidades à gestão.