Organizada pelo Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) com o apoio de outras estruturas sindicais, a marcha percorreu o trajeto entre a direção nacional da PSP e o Ministério da Administração Interna (MAI). O protesto dos agentes da PSP, que contou com a participação inédita de elementos da Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG), visa pressionar o Governo a atender a um conjunto de reivindicações que consideram ter sido ignoradas no Orçamento do Estado para 2026. Os "três pontos fundamentais" da contestação, segundo Gilberto Alves do SPP, são a necessidade de salários mais altos, a revisão dos suplementos (que não são atualizados desde 2010) e o fim das restrições à entrada na pré-aposentação.

Os sindicatos lamentam que o Governo não tenha incluído o "investimento que é muito necessário" para a PSP e criticam a falta de negociações efetivas, referindo-se aos encontros com a ministra como meras "conversações" ou "diálogo social". Paulo Macedo, presidente do SPP, afirmou que esta é "o início de mais uma luta para que os profissionais da PSP não continuem a ser discriminados". A manifestação desta quinta-feira é vista como o ponto de partida para novas ações, com outros sindicatos a agendarem mais iniciativas para as próximas semanas, incluindo um protesto silencioso nas galerias do parlamento durante a discussão do Orçamento.

Os dirigentes sindicais garantem que "as próximas iniciativas vão ter um sentido crescente" até que as suas exigências sejam ouvidas.