A provedora da instituição admite as dificuldades financeiras e afirma estar a definir estratégias para regularizar a situação, mas não se compromete com prazos.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, após uma manifestação em agosto não ter surtido efeito, com a situação a manter-se "igual ou se calhar pior", segundo o dirigente sindical Alcides Teles.

Em causa estão o subsídio de Natal de 2024, o subsídio de férias de 2025 e retroativos salariais desde 2022. O sindicato teme que os trabalhadores cheguem ao final do ano sem receber também o subsídio de Natal de 2025. A provedora da Misericórdia, Isabel Estevens, reconhece a "situação financeira muito complicada" da instituição, que se arrasta há vários anos, e atribui as dificuldades à construção de uma unidade médico-cirúrgica ainda por abrir e a problemas no funcionamento da urgência do Hospital de São Paulo. Embora parte da dívida (o subsídio de Natal de 2024) esteja incluída num Processo Especial de Revitalização (PER) recentemente homologado, os pagamentos mais recentes continuam em atraso por "falta de liquidez da tesouraria".

A provedora assegura que será pago "tudo aquilo a que os trabalhadores têm direito", mas a ausência de um calendário concreto mantém a incerteza e o descontentamento entre os funcionários.