O descontentamento generalizado no setor deve-se ao financiamento previsto no Orçamento do Estado para 2026, considerado insuficiente, e à contínua ausência de um estatuto profissional para os bombeiros voluntários.

Segundo o presidente da LBP, António Nunes, “a paciência está esgotada”.

A Liga contesta o valor de cerca de 37 milhões de euros previsto no OE2026 para as associações humanitárias, defendendo um mínimo de 49,38 milhões. Critica também o corte de 12 milhões de euros no transporte de doentes não urgentes, uma decisão tomada sem consulta ao setor. No entanto, a principal reivindicação é a criação de um estatuto para os bombeiros com contrato de trabalho, que contemple carreira e remuneração adequadas.

Perante a “gravidade da situação”, o conselho nacional da LBP aprovou o envio das suas propostas às mais altas figuras do Estado.

Caso não haja uma resposta do Governo, o congresso de novembro poderá deliberar “medidas extremas”, como uma paragem de “cinco, dez minutos ou um quarto de hora”, salvaguardando sempre situações de vida ou morte, ou manifestações de rua com a deposição de capacetes na escadaria do parlamento.

António Nunes responsabiliza os “agentes políticos que foram incapazes de resolver” os problemas pela eventual perturbação causada.