Os manifestantes sentem-se "completamente esquecidos e abandonados pelo Governo" e reclamam um estatuto profissional justo.
O protesto, organizado pelo grupo "Bombeiros de Portugal -- juntos somos mais fortes", criado nas redes sociais, deu voz a um descontentamento profundo que se arrasta há anos, marcado por "promessas, reuniões, elogios vazios e palmadinhas nas costas". As principais reivindicações dos cerca de 30 mil voluntários do país centram-se em cinco pontos cruciais: a criação de uma carreira digna através de um estatuto próprio, melhores salários, a atribuição de um subsídio de risco e desgaste rápido, a reforma aos 60 anos e um financiamento e incentivos adequados ao voluntariado.
Fernando Bento, um dos organizadores, resumiu o sentimento geral ao afirmar: "Estamos completamente esquecidos e abandonados pelo Governo".
Atualmente, as horas que os voluntários dedicam às suas corporações não são remuneradas, exceto durante a época de incêndios, quando integram o dispositivo especial e recebem "3,12 euros à hora". Os manifestantes sublinharam que não estão contra a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), mas que se assumem como mais uma voz a exigir uma mudança urgente para aqueles que são "os primeiros a chegar e, muitas vezes, os últimos a ser lembrados".













