Esta quebra drástica de pessoal não tem sido compensada por novas admissões.

Segundo o sindicato, os últimos concursos não conseguiram preencher as vagas abertas, com o mais recente a atrair apenas 58 candidatos para 225 lugares disponíveis, o que evidencia um "desinteresse crescente" pela carreira.

As razões apontadas para esta crise são a falta de um "vencimento digno", a ausência de reconhecimento profissional, condições de trabalho degradadas, sobrecarga de serviço e um bloqueio na progressão de carreira, com guardas a esperar mais de 24 anos por uma promoção. A ASP/CGP alerta que as agressões contra guardas prisionais duplicaram em quatro anos, e a profissão tornou-se a "mão-de-obra barata do Estado que a sociedade esqueceu".

A greve e os incidentes subsequentes são, assim, um sintoma de um problema estrutural de recursos humanos que compromete a segurança nas prisões.