Este novo foco de tensão laboral agrava a instabilidade sentida na instituição, que já enfrentou paralisações com consequências graves.

A falta de pagamento das horas suplementares surge num contexto de grande pressão sobre os profissionais do INEM. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) já tinha alertado para a sobrecarga de trabalho e a falta de meios humanos, que levaram a greves no passado com forte impacto operacional. Em novembro de 2024, paralisações de técnicos de emergência pré-hospitalar levaram à paragem de dezenas de meios de socorro e a atrasos significativos no atendimento, uma situação que evidenciou a fragilidade do sistema.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) chegou a associar três mortes a atrasos no socorro durante esse período.

O problema atual do não pagamento de horas extra soma-se a este historial de descontentamento.

Paralelamente, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o INEM chegaram a acordo sobre os serviços mínimos para a greve dos médicos agendada para sexta-feira, demonstrando a necessidade de negociações constantes para garantir a continuidade dos serviços essenciais num ambiente de recorrente conflito laboral.