O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STSS) denunciou a existência de impedimentos à adesão dos trabalhadores à greve da saúde, agendada para esta quinta-feira. A secretária-geral do sindicato, Matilde Pereira, reportou ter recebido “inúmeras reclamações” de várias unidades hospitalares, onde as administrações não estariam a permitir que os trabalhadores exercessem o seu direito à greve.<br/><br/>De acordo com as denúncias recolhidas pelo sindicato, a situação mais grave prende-se com a disseminação de informação falsa. Matilde Pereira afirmou que “está a ser difundida a informação de que a greve foi desconvocada”, uma manobra que visa confundir os trabalhadores e diminuir a adesão à paralisação.
A dirigente sindical foi perentória ao esclarecer: “Quem desconvoca as greves são os sindicatos”.
Esta tentativa de desmobilização foi reportada em vários locais, com o sindicato a destacar queixas provenientes de instituições como o IPO do Porto e o Hospital de Santa Maria da Feira. A situação revela um clima de tensão entre as administrações hospitalares e as estruturas sindicais, num dia de protesto que visa reivindicar melhores salários, valorização das carreiras e a contratação de mais pessoal para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). A greve abrange todos os trabalhadores da saúde, incluindo hospitais, centros de saúde e entidades privadas com contratos com o SNS.
A denúncia de entraves ao exercício do direito à greve acrescenta uma nova dimensão ao conflito laboral, podendo levar a contestações legais e a um agudizar das relações entre as partes envolvidas.
Em resumoNo dia da greve da saúde, o sindicato STSS denunciou que administrações hospitalares estariam a impedir a adesão dos trabalhadores, recorrendo inclusivamente à disseminação de informações falsas sobre a desconvocação da paralisação, o que agrava o conflito laboral no setor.