O presidente do Sinapol, Armando Ferreira, justificou a iniciativa como uma resposta à "inércia governamental em solucionar os inúmeros problemas dos polícias".

Segundo o dirigente sindical, a constante desvalorização da carreira tem tornado a profissão pouco atrativa, resultando num número reduzido de candidatos e comprometendo a sustentabilidade e eficiência das forças de segurança a médio e longo prazo. As principais reivindicações centram-se no reforço de efetivos para combater a redução de polícias no ativo, em melhorias salariais ajustadas à exigência da função e no reconhecimento de uma carreira que valorize a progressão e a formação. O protesto coincidiu com uma reunião entre representantes do Sinapol e a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, inserida no processo negocial iniciado em setembro.

No entanto, Armando Ferreira optou por permanecer no exterior a distribuir folhetos, afirmando que não considera estes encontros como verdadeiras negociações.

"Não queremos reuniões, queremos negociações", sublinhou, demonstrando o descontentamento do sindicato com a falta de medidas concretas por parte do Governo.