Os sindicatos, que agregam o Sindicato dos Enfermeiros, o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, o Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos e o Sindicato Nacional dos Enfermeiros, rejeitam as propostas apresentadas oralmente pelo Ministério da Saúde. Uma das principais críticas é a falta de clareza sobre o suplemento remuneratório associado à deslocação de profissionais para as novas urgências regionais.

Os sindicatos defendem que este valor deve ser igual para todos os elementos das equipas — médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares de saúde — mas afirmam que o montante não está devidamente identificado na documentação enviada pelo ministério. Relativamente aos Centros de Elevado Desempenho em Obstetrícia e Ginecologia, a plataforma sindical exige também modificações nos incentivos individuais previstos para os enfermeiros, considerando o modelo proposto pelo Governo insuficiente.

Os sindicatos reconhecem que as audições são obrigatórias, mas alertam que as medidas podem avançar mesmo sem o seu acordo, o que levará a uma “rejeição prática dos diplomas pelos enfermeiros e ações de luta posteriores que poderão paralisar um setor já instável e depauperado”.