A paralisação foi decidida por unanimidade pelos docentes afetados, com o apoio do sindicato STOP.

A disputa centra-se no subsídio de instalação que os professores receberam quando foram colocados pela primeira vez na escola em regime de mobilidade estatutária. Após o término dessas funções a 31 de agosto de 2025, os docentes concorreram ao concurso interno, mas os resultados só foram divulgados quando já se encontravam de férias em Portugal.

Paulo Ramalho, um dos professores em greve, explicou à Agência Lusa que, ao partirem para Portugal, não sabiam se regressariam a Timor-Leste, o que os obrigou a vender bens e a deixar as suas casas.

“Quando regressamos tivemos de proceder à nossa reinstalação com a aquisição de carros, motas, pagamentos de rendas”, afirmou, defendendo que, por se tratar de uma reinstalação, têm direito ao referido apoio. Os professores argumentam que a exigência de devolução do subsídio não está em conformidade com o quadro legal vigente. Numa declaração, salientam ainda que, se a tutela pretende aplicar deveres retroativamente, “deverá em coerência, reconhecer também retroativamente os direitos legalmente previstos”, como o prémio de permanência para os docentes cuja atividade não foi interrompida.