A adesão, no entanto, gerou números contraditórios, com os sindicatos a apontarem para valores elevados e as administrações hospitalares a relatarem um impacto mais moderado.

O STSS estimou a adesão à sua greve em cerca de 80%, afirmando que “existem serviços que estão completamente parados”. No entanto, dados do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, indicavam uma adesão de apenas 20%, enquanto no Hospital Pulido Valente o valor foi de 40%. O sindicato denunciou ainda que as chefias de várias unidades, como o Hospital de Santa Maria da Feira, tentaram impedir a participação dos trabalhadores, informando-os de que a greve “não seria validada”. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) também se juntou à greve de 24 de outubro, estimando uma adesão de 80% que afetou consultas e cirurgias programadas. Na Madeira, o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) reportou uma adesão de 43,52% dos seus 3.134 trabalhadores escalados, com a atividade programada a ser a mais afetada. Já o Sindicato de Enfermeiros da Madeira apontou uma adesão de 80% por parte da classe. As reivindicações dos profissionais de saúde centram-se na valorização das carreiras, contratação de mais pessoal e o fim de turnos excessivos.