Sindicatos representativos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) convocaram um protesto em frente à Assembleia da República, refletindo um “histórico de negociações falhadas” com a tutela. As forças de segurança exigem a valorização salarial e das carreiras, alertando para a crescente desvalorização da profissão e a falta de atratividade. O protesto, agendado para 27 de outubro e convocado pelo Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), pela Associação Nacional dos Sargentos da Guarda (ANSG) e pela Associação Socioprofissional Independente da Guarda (ASPIG), visa dar voz ao descontentamento generalizado entre os profissionais.
As principais queixas incluem “baixos salários, sobrecarga horária, ausência de pagamento de horas extraordinárias e uma carreira hierárquica desajustada”.
Os sindicatos afirmam que os polícias se sentem “esquecidos pelos decisores políticos” e exigem soluções concretas para problemas que consideram estruturais.
A contestação é partilhada por outras estruturas sindicais, como a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), que ameaça com novos protestos e considera as recentes alterações às regras de admissão na PSP “apenas um paliativo”. O maior sindicato da PSP também admite avançar com protestos, acusando o Ministério da Administração Interna de “má-fé” ao adiar a valorização remuneratória para 2027 e de não apresentar propostas concretas. A ação de protesto insere-se numa semana de luta, que inclui a distribuição de panfletos à população, com o objetivo de sensibilizar para a importância da valorização da carreira policial como garante da segurança pública.
Os sindicatos sublinham que, sem disponibilidade financeira do Governo, as negociações perdem o sentido.
Em resumoO protesto das forças de segurança junto ao Parlamento evidencia um profundo mal-estar na PSP e na GNR, motivado por salários baixos, carreiras estagnadas e más condições de trabalho. Os sindicatos acusam o Governo de inação e falta de propostas concretas, alertando que a desvalorização da profissão compromete a segurança nacional. A manifestação reflete um culminar de negociações falhadas e a ameaça de novas ações de luta caso as suas reivindicações não sejam atendidas.