Na origem do descontentamento está o impasse negocial com o Ministério da Administração Interna (MAI).
Os sindicatos acusam o Governo de "má-fé" ao adiar a valorização remuneratória para 2027 e de não apresentar propostas concretas, apesar de um acordo assinado a 9 de julho de 2024. Paulo Santos, diretor nacional da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), afirmou ser necessário "dar um abanão para o Governo perceber que há uma desmotivação gritante nos profissionais da Polícia de Segurança Pública".
Esta frustração é agravada pela perceção de que os problemas estruturais, como os baixos salários e a sobrecarga horária, não estão a ser resolvidos. A recente alteração das regras de admissão à PSP, que aumenta a idade máxima e elimina a altura mínima, é vista pelos sindicatos como um mero "paliativo" que não aborda a raiz do problema da falta de candidatos: a desvalorização da profissão.
Perante a ausência de respostas, as estruturas sindicais admitem avançar com novos protestos, dando "uma última oportunidade" ao MAI para apresentar uma proposta negocial séria e financeiramente viável.














