A contestação, organizada pelo Movimento Associativo Estudantil, foi motivada pelo anúncio de que o valor máximo da propina de licenciatura subirá de 697 para 710 euros. Embora o ministro da Educação, Ciência e Inovação justifique a medida com o argumento de que as propinas não são o custo mais significativo para os estudantes e prometa reforçar o sistema de bolsas, os manifestantes consideram a decisão um retrocesso. Com palavras de ordem como "A propina é para acabar, não é para aumentar" e "Bolsas sim, propinas não", os estudantes alertaram para o risco de elitização do ensino superior.
A Federação Académica do Porto (FAP) juntou-se às críticas, defendendo em carta aberta que "a educação deve ser elevador social" e que o aumento, mesmo que de apenas 13 euros, "não faz sentido" e pode ser "apenas o princípio" de subidas anuais.
Para além das propinas, os estudantes denunciaram o elevado custo do alojamento, com rendas em Lisboa a rondar os 500 euros, o que agrava as dificuldades financeiras e contribui para o abandono escolar. O protesto reflete, assim, uma preocupação mais ampla com a acessibilidade e equidade no ensino superior, defendendo que o investimento na educação é crucial para o futuro do país.














