Os trabalhadores exigem a "humanização das escalas de serviço", que consideram desadequadas e desgastantes. Outro motivo central para a greve é a falta de segurança a bordo, especialmente em situações de sobrelotação dos comboios, onde os revisores se sentem expostos e sem meios para garantir a ordem e a segurança de todos os passageiros. O sindicato aponta para uma falha sistémica da empresa em assegurar condições de trabalho dignas e seguras para os seus funcionários, o que tem vindo a agravar o clima de tensão laboral.

A greve parcial surge como um recurso para pressionar a administração da CP a retomar as negociações e a implementar na totalidade o acordo previamente assinado.

Esta ação sindical evidencia os desafios estruturais que a operadora ferroviária enfrenta, não só em termos de investimento em material circulante, mas também na gestão dos seus recursos humanos e na relação com as estruturas sindicais, num setor vital para a mobilidade nacional.