A greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, tem como pano de fundo um descontentamento profundo com a “escassez de efetivos, falta de equipamento de proteção individual e viaturas sem guarnição”. Segundo o presidente do sindicato, Sérgio Carvalho, a situação é crítica, com profissionais a trabalhar em “quartéis muito degradados” e com relatos de que há bombeiros “há mais de dois anos sem fatos de chuva”.

Estas carências, que incluem equipamentos básicos como “um casaco para o frio e um fato para a chuva”, são vistas como um fator que coloca em causa a resposta operacional e a segurança dos próprios profissionais.

A principal exigência do sindicato para cessar a paralisação é a realização de uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, afirmando que a greve “só vai parar” após esse encontro. Esta condição sublinha a perceção de que as vias de diálogo habituais falharam e que é necessária uma intervenção política ao mais alto nível. Embora os serviços mínimos de socorro e emergência estejam assegurados, a greve poderá suspender todas as restantes operações, o que evidencia um subinvestimento crónico e a urgência de uma resposta por parte da autarquia para resolver os problemas estruturais da corporação.