Os revisores da CP - Comboios de Portugal convocaram uma greve parcial para o período de 3 a 13 de novembro, afetando os comboios de longo curso. A paralisação é justificada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) com o incumprimento de um acordo laboral e a crescente falta de segurança a bordo. A greve parcial dos revisores da CP, agendada para o início de novembro, evidencia um conflito laboral centrado em duas questões fundamentais: o incumprimento de promessas contratuais e a degradação das condições de segurança. A principal queixa do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) reside na falha da CP em implementar na totalidade um acordo celebrado em julho de 2023. Este acordo previa, entre outras matérias, a "humanização das escalas de serviço", uma reivindicação que sugere problemas crónicos de gestão de horários, excesso de trabalho e dificuldades na conciliação da vida profissional e pessoal dos trabalhadores. A persistência desta queixa indica uma quebra de confiança entre os trabalhadores e a administração da empresa.
A segunda grande motivação para a greve é a falta de segurança, especialmente em comboios com sobrelotação.
Esta questão não afeta apenas a integridade física e o bem-estar dos revisores, que lidam diretamente com o público em condições por vezes tensas, mas também expõe uma falha na gestão da capacidade do serviço de transporte público.
A sobrelotação representa um risco para todos os passageiros e degrada a qualidade da experiência de viagem. A paralisação, focada nos serviços de longo curso, foi comunicada através de um pré-aviso de greve, sinalizando a intenção do sindicato de pressionar a empresa a retomar as negociações e a cumprir os compromissos assumidos, sob pena de perturbações significativas num serviço essencial de mobilidade nacional.
Em resumoA greve parcial dos revisores da CP em novembro resulta do incumprimento de um acordo laboral de 2023, focado na melhoria das escalas de serviço, e de graves falhas de segurança em comboios sobrelotados. O protesto reflete um conflito laboral persistente sobre as condições de trabalho e a segurança, com potencial impacto no serviço ferroviário de longo curso em Portugal.