Esta situação contrasta fortemente com a imagem de Lisboa como uma capital europeia moderna e segura. A greve funciona como um mecanismo de último recurso para forçar uma resposta política, evidenciada pela exigência de uma reunião com o presidente da Câmara Municipal como única condição para a sua desconvocação. Politicamente, a paralisação coloca uma enorme pressão sobre o executivo municipal, que será responsabilizado por qualquer falha na capacidade de resposta a emergências.

Embora o sindicato garanta a prestação de serviços mínimos, a própria existência da greve, fundamentada em carências operacionais, já constitui um alerta para a vulnerabilidade da cidade.

Este conflito laboral transcende as questões salariais, focando-se na dignidade profissional e na capacidade operacional de um serviço essencial, levantando questões críticas sobre as prioridades de investimento e gestão da autarquia lisboeta.