O plenário convocado pela ASPP/PSP reflete um profundo mal-estar entre os agentes, que se sentem "totalmente exaustos e desmotivados".
A ação de protesto não é apenas uma formalidade sindical, mas um grito de alerta sobre a deterioração das condições de trabalho num dos pontos de entrada mais movimentados do país. As queixas centram-se na "falta de condições", na "sobrecarga de trabalho" e na "falta de meios", problemas que, segundo o sindicato, colocam os polícias a "levar com os impactos negativos daquilo que é a realidade atual aeroportuária". Esta realidade, marcada por um volume de passageiros que "não está em sintonia" com os recursos disponíveis, transforma os agentes numa "polícia low cost", forçada a gerir situações de elevada pressão sem o apoio adequado. A decisão de realizar o plenário no próprio aeroporto, com a intenção de distribuir informações aos cidadãos, é uma estratégia deliberada para tornar visível um problema que, de outra forma, permaneceria nos bastidores. Ao alertar para a possibilidade de atrasos nos voos, o sindicato sublinha o papel crucial que estes agentes desempenham na operação aeroportuária e o impacto que a sua exaustão pode ter no serviço público.
Este protesto transcende as reivindicações salariais, focando-se na dignidade profissional e na sustentabilidade da segurança num setor vital para a economia e imagem do país.











