A paralisação, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), já levou à supressão de várias ligações Intercidades, incluindo a rota entre Lisboa e o Porto.
Na base do protesto está o que o sindicato considera ser o "incumprimento" de um acordo firmado em julho de 2023, que visava a "humanização das escalas" de trabalho dos revisores. Além das questões laborais, o SFRCI levanta sérias preocupações de segurança, denunciando situações de sobrelotação das carruagens e a utilização de material circulante incompatível, que, segundo eles, coloca em risco passageiros e trabalhadores. A tensão entre as partes é evidente, com o sindicato a acusar a CP de tentar minimizar o impacto da greve através da redução do número de carruagens nos comboios que circulam, uma prática que, na sua ótica, agrava os problemas de lotação. Por seu lado, a administração da CP rejeita as acusações, assegurando que está a cumprir os acordos e a garantir as condições de segurança. Este conflito laboral evidencia as dificuldades no setor dos transportes públicos, onde a gestão de recursos humanos e a manutenção da segurança operacional são pontos de fricção constantes. Para os passageiros, a greve traduz-se em incerteza e na necessidade de procurar alternativas, reforçando a perceção de instabilidade no serviço ferroviário nacional.











