Agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) realizaram um plenário no Aeroporto de Lisboa para denunciar a exaustão, a falta de condições de trabalho e as remunerações inadequadas. A ação de protesto, organizada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), visa alertar para a desmotivação dos agentes que desempenham funções no controlo de fronteiras. O Aeroporto de Lisboa foi palco de um protesto de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), que se reuniram em plenário para expor o profundo mal-estar que afeta a classe. Convocada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), a ação visou denunciar as condições de trabalho precárias, a "exaustão" e a "desmotivação" que grassam entre os polícias, especialmente os que estão alocados ao controlo de fronteiras.
Este protesto, embora não sendo uma greve formal, serviu como um forte sinal de alerta para o Governo e para a opinião pública sobre a pressão a que estes profissionais estão sujeitos. Os agentes queixam-se de falta de efetivos para lidar com o crescente volume de passageiros, o que resulta numa sobrecarga de trabalho e na degradação do serviço prestado.
A questão remuneratória é outro ponto central da contestação, com os polícias a sentirem que não são devidamente compensados pelas responsabilidades e pelo desgaste inerentes às suas funções. A ASPP/PSP lamentou que os agentes estejam a "levar com os impactos negativos daquilo que é a realidade atual aeroportuária", sublinhando que se sentem tratados como uma "polícia low cost".
O plenário teve também como objetivo distribuir informações aos cidadãos para explicar as razões dos eventuais atrasos no processamento de passageiros, ligando as falhas no serviço às suas precárias condições laborais.
A iniciativa revela uma crescente tensão nas forças de segurança, cuja capacidade de resposta é posta à prova pela falta de meios e de valorização profissional.
Em resumoO protesto dos agentes da PSP no aeroporto de Lisboa expôs graves problemas de exaustão, falta de meios e remunerações inadequadas no controlo de fronteiras. A ação sindical alerta para a desmotivação generalizada e para o risco de degradação do serviço, responsabilizando a falta de investimento e de valorização da profissão.