A paralisação afeta os docentes do quadro que concorreram ao concurso das Escolas Portuguesas no Estrangeiro. Os professores da Escola Portuguesa de Luanda (EPL), pertencentes aos quadros do Ministério da Educação, deram início a uma greve por tempo indeterminado, um ato de protesto que expõe as dificuldades enfrentadas pelos docentes portugueses colocados no estrangeiro. A paralisação é motivada pela ausência de resposta do Governo português relativamente ao pagamento do subsídio de instalação, um direito previsto para os profissionais que concorreram ao concurso público das Escolas Portuguesas no Estrangeiro. Segundo fontes dos grevistas, a situação gerou uma "indignação crescente", uma vez que cerca de 40 professores que fazem parte dos quadros não receberam este apoio financeiro, essencial para fazer face aos custos iniciais de vida num país estrangeiro.

A greve, por ser por tempo indeterminado, ameaça perturbar o normal funcionamento da instituição de ensino, que serve a comunidade portuguesa e local em Angola.

Este conflito laboral transcende a questão puramente salarial, levantando questões sobre a gestão e o apoio do Estado português aos seus funcionários deslocados.

A falta de pagamento de um subsídio contratualizado é vista como um sinal de desrespeito e de falha administrativa, minando a confiança dos profissionais no sistema. A paralisação na EPL serve, assim, como um caso de estudo sobre os desafios da administração pública na gestão de recursos humanos no exterior e a importância de garantir condições dignas para aqueles que representam o sistema de ensino português além-fronteiras.