A ação de protesto expõe a forte dependência do SNS nestes profissionais, especialmente em regiões como o Algarve, o Médio Tejo e o Oeste, onde os hospitais dependem largamente dos tarefeiros para completar as suas escalas.
Um especialista alertou que, se estes médicos forem retirados, “o sistema vai colapsar em dois ou três dias”.
A reação do Governo tem sido firme, com o ministro da Presidência, Leitão Amaro, a apelar aos clínicos que “mantenham o espírito de serviço”.
Em contrapartida, os hospitais manifestam preocupação com as “consequências graves” e pedem “prudência e diálogo” ao Executivo.
O conflito também gerou reações no seio da classe médica, com o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, a invocar “sérias dúvidas” deontológicas sobre o protesto, lembrando que o doente é a prioridade.
Por outro lado, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) responsabiliza o Governo por uma eventual paralisação.
Este impasse revela a tensão entre as políticas de contenção de custos do Governo e a sustentabilidade operacional do SNS, que depende de um modelo de contratação precário para assegurar serviços essenciais.














